Um blogue para falar de coisas simples, homenageando o passado não muito distante dum interior cheio de encantos e que a desertifição deitou ao abandono, não esquecendo como é óbvio o presente.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
MOINHO DAS VERDIGUEIRAS
O Moinho das Verdigueiras, continua activo e pelo mesmo já passaram vários moleiros.
Ainda me lembro de na década de 60 do século XX do tio Conceição se deslocar todos os dias do monte onde vivia para o moinho conjuntamente com a sua esposa e o inseparável burro, percorrendo um labirinto de alguns quilómetros, através de veredas, a fim de ir moer o cereal, aproveitando o vento sempre que a pujança do mesmo permitia o movimento das velas, acompanhado do barulho característico dos “búzios”, ou “buzinos”, que enchiam todas as redondezas.
Hoje, ao invés de muitos, continua imponente no alto do monte, observando em volta tudo o que o rodeia, soltando de quando em quando os panos ao vento, pela mão do amigo António, que num gesto de amor aos moinhos e à profissão, faz com que o mesmo seja um dos “ex-libris” da região, apesar de ao que parece não ter sido até ao momento contemplado com qualquer subsídio.Ficam as fotos, numa justa homenagem ao homem que vemos na foto.
Um abraço amigo António e que continue por muitos anos alimentando a sua paixão, oferecendo-nos ao olhar essa rara maravilha.
Ainda me lembro de na década de 60 do século XX do tio Conceição se deslocar todos os dias do monte onde vivia para o moinho conjuntamente com a sua esposa e o inseparável burro, percorrendo um labirinto de alguns quilómetros, através de veredas, a fim de ir moer o cereal, aproveitando o vento sempre que a pujança do mesmo permitia o movimento das velas, acompanhado do barulho característico dos “búzios”, ou “buzinos”, que enchiam todas as redondezas.
Hoje, ao invés de muitos, continua imponente no alto do monte, observando em volta tudo o que o rodeia, soltando de quando em quando os panos ao vento, pela mão do amigo António, que num gesto de amor aos moinhos e à profissão, faz com que o mesmo seja um dos “ex-libris” da região, apesar de ao que parece não ter sido até ao momento contemplado com qualquer subsídio.Ficam as fotos, numa justa homenagem ao homem que vemos na foto.
Um abraço amigo António e que continue por muitos anos alimentando a sua paixão, oferecendo-nos ao olhar essa rara maravilha.
MOINHO NOVO DA FIGUEIRINHA
O Moinho Novo da Figueirinha já teve melhores dias.
Tal como muitos outros, depois de muitos anos a desenvolver a sua função, jaz hoje moribundo e abandonado, mantendo contudo a sua imponência lá bem no alto como que um guardião destas paragens.
Apesar de tudo, houve outros que tiveram melhor sorte e alguém os manteve e recuperou, deixo no entanto aqui algumas fotos, no fundo para repartir a minha tristeza de ver tão triste espectáculo.
Pelo menos dá para imaginar como era este moinho a quando do seu funcionamento; ou como ele poderia voltar a ser se fosse recuperado.
Etiquetas:
Moinho Novo da Figueirinha,
Moinhos,
Moleiros
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
E PORQUE NÃO CANTAMOS UMA CANTIGA???
Um, dois, três copinhos; sejam de vinho ou de medronho, soltam-se as gargantas e como que por magia saem umas cantigas. Vai-se a timidez e nasce a alegria que poderá prolongar-se por horas, hoje não tanto como no passado.
Apresento a seguir os vídeos, para retratar esta tradição. Convém não confundir que não se trata dum espectáculo de cante, mas sim uma abordagem a algumas cantigas...
Um abraço a todos e boas cantigas.
Etiquetas:
cante,
Cante à alentejana,
cantigas,
modas,
tradições do alentejo
LUZIANES-GARE, UMA TERRA, UMA FREGUESIA
LUZIANES-GARE (ESTANDARTE)
LUZIANES-GARE (BRASÃO)
Outrora, pertencendo à freguesia de Sabóia, é freguesia, tendo para tal retirado “terra” às freguesias vizinhas de Sabóia, Sta Maria, Relíquias e São Martinho das Amoreiras.
Hoje, longe de outros tempos, que antecederam a desertificação humana a que se tem assistido nos últimos anos, reduz-se à sua pequenez, sofrendo como outras os efeitos da sua interioridade.
Em tempos passados, tal como outras terras, viveu uma relativa prosperidade.
LUZIANES-GARE (BRASÃO)
Outrora, pertencendo à freguesia de Sabóia, é freguesia, tendo para tal retirado “terra” às freguesias vizinhas de Sabóia, Sta Maria, Relíquias e São Martinho das Amoreiras.
Hoje, longe de outros tempos, que antecederam a desertificação humana a que se tem assistido nos últimos anos, reduz-se à sua pequenez, sofrendo como outras os efeitos da sua interioridade.
Em tempos passados, tal como outras terras, viveu uma relativa prosperidade.
As coisas foram na realidade mudando ao longo dos tempos, contudo de Luzianes-Gare à sede de concelho em Odemira, sempre foi necessário percorrer 21 kms através duma estrada sinuosa; que agora ao que julgo saber se transformaram em 12 kms, no sentido de legitimar a extinção da freguesia.
Fracos os argumentos, que denotam a ...
...por enquanto deixo por aqui os símbolos da freguesia.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
A MÁQUINA DEBULHADORA
Longe vão os tempos em que a faina da debulha mecânica de cereais se fazia por estas bandas, fazendo desta actividade o fim de toda uma delicada e exigente actividade que ia da sementeira, passando pela monda, a ceifa, o carreto do cereal para a eira.
Passavam-se meses, sempre na expectativa que o ano fosse bom e que o cereal rendesse as “sementes” desejadas, salvando assim o ano agrícola do Lavrador.
Tudo isto não é mais que história, fazendo parte dum passado não muito distante.
Passavam-se meses, sempre na expectativa que o ano fosse bom e que o cereal rendesse as “sementes” desejadas, salvando assim o ano agrícola do Lavrador.
Tudo isto não é mais que história, fazendo parte dum passado não muito distante.
PRAIA DE LUZIANES
Longe vão os tempos em que se falava de praias no interior, não no sentido real mas num sentido figurado e por vezes ligado a histórias …
Hoje proliferam pelo país as praias pelo interior, algumas das quais rodeadas de alguma polémica; não foi por certo o caso da “Praia de Luzianes”, onde à falta de melhor, um grupo de miúdos resolveu improvisar à maneira antiga e dar uns mergulhos em armonia plena com os peixinhos e os patos. Ficam algumas fotos…
Hoje proliferam pelo país as praias pelo interior, algumas das quais rodeadas de alguma polémica; não foi por certo o caso da “Praia de Luzianes”, onde à falta de melhor, um grupo de miúdos resolveu improvisar à maneira antiga e dar uns mergulhos em armonia plena com os peixinhos e os patos. Ficam algumas fotos…
Talvez que no próximo Verão, a praia abra a sua época balnear de novo, para assim afugentar o calor abrazador que por estas bandas aperta a valer.
Possivelmente vão existir mais frequentadores..., haja água que a vontade por certo não faltará
Etiquetas:
Praia de Luzianes,
Ribeira de Luzianes,
Verão
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
APITA O COMBOIO, MAS NÃO PÁRA
APITA O COMBOIO
O comboio foi sem dúvida a melhor coisa que aconteceu a Luzianes-Gare e a todos os habitantes. Associado ao aparecimento do comboio, surge de forma óbvia uma estação ferroviária com a designação de Odemira Estação, apesar da mesma distar de Odemira cerca de 21 kms percorridos através duma estrada cheia de curvas.
Cresci, ouvindo esta quadra, que expressa a forte ligação destas gentes ao comboio; que para mim acaba representando algo de extraordinário apesar de simples.
O comboio foi sem dúvida a melhor coisa que aconteceu a Luzianes-Gare e a todos os habitantes. Associado ao aparecimento do comboio, surge de forma óbvia uma estação ferroviária com a designação de Odemira Estação, apesar da mesma distar de Odemira cerca de 21 kms percorridos através duma estrada cheia de curvas.
Cresci, ouvindo esta quadra, que expressa a forte ligação destas gentes ao comboio; que para mim acaba representando algo de extraordinário apesar de simples.
À CHEGADA DA PONTE NOVA,
O COMBOIO JÁ NÃO ANDAVA,
ACABOU-SE O CARVÃO,
E O MAQUINISTA CHORAVA.
Na realidade o comboio foi sem dúvida alguma, algo de importante para esta região.
Aqui fica a reportagem do Diário do Alentejo:
http://www.youtube.com/watch?v=1t7_s3ht3JM
Hoje os comboios já não param, mas a estação existe, tal como os montes; abandonada…
Etiquetas:
comboio,
estação ferroviária,
Luzianes-Gare,
Odemira,
Odemira Estação
SANTA RITA DE CÁSSIA "DAS CAUSAS IMPOSSÍVEIS"
SANTA RITA DE CÁSSIA, A NOSSA PADROEIRA
É a padroeira da nossa terra, em honra da qual se ergueu uma capela, tendo por trás da da construção da mesma uma história que ninguém conta; posso contudo afirmar que se deve a existência desta capela ao facto da “Santa das Causas Impossíveis” ter correspondido a alguém num momento de aflição, durante a guerra civil de Espanha.
É a padroeira da nossa terra, em honra da qual se ergueu uma capela, tendo por trás da da construção da mesma uma história que ninguém conta; posso contudo afirmar que se deve a existência desta capela ao facto da “Santa das Causas Impossíveis” ter correspondido a alguém num momento de aflição, durante a guerra civil de Espanha.
Esse alguém viveu em Luzianes ...
Eis um assunto para desenvolver talvez um dia mais tarde.
Etiquetas:
Luzianes-Gare,
Odemira,
santa das causas impossíveis,
santa rita de cássia
JOSÉ CHETA "O ARTISTA DA TERRA"
Em 23 de Janeiro de 1945, nasceu em o José Cheta da Silva, mais conhecido como o cantor José Cheta .
Bem cedo foi viver para Loulé, sendo no Algarve que forma os Black Gold em fins da década de 60.
Posteriormente foi viver para Lisboa onde pôde contar com o apoio de José Cid.
No ano de 1970 grava o EP "Para Lá Daqueles Montes", o seu primeiro disco, no qual contou com a colaboração de José Cid e do Quarteto 1111.
Seguiram-se outros trabalhos do artista da nossa terra, na qual fez algumas actuações, nomeadamente nas festas anuais, onde encheu de alegria os seus conterrâneos.
Nesta terra humilde, ainda residem alguns seus familiares, bem como os amigos.
Bem cedo foi viver para Loulé, sendo no Algarve que forma os Black Gold em fins da década de 60.
Posteriormente foi viver para Lisboa onde pôde contar com o apoio de José Cid.
No ano de 1970 grava o EP "Para Lá Daqueles Montes", o seu primeiro disco, no qual contou com a colaboração de José Cid e do Quarteto 1111.
Seguiram-se outros trabalhos do artista da nossa terra, na qual fez algumas actuações, nomeadamente nas festas anuais, onde encheu de alegria os seus conterrâneos.
Nesta terra humilde, ainda residem alguns seus familiares, bem como os amigos.
Um grande abraço José, a malta não te esqueceu.
Etiquetas:
Black Gold,
José Cheta,
Luzianes-Gare,
Odemira,
Para lá daqueles montes,
Quarteto 1111
Subscrever:
Mensagens (Atom)